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sexta-feira, 23 de março de 2012

Bobina de Oudin


Esse aparelho, denominado também ressoador de Oudin, apresenta primariamente um 'excitador', exatamente dos mesmos tipos como descritos na bobina de Tesla: um transformador de alta tensão para tubos néon (TN) (ou, uma bobina de Ruhmkorff - B), um centelhador (E) e dois capacitores de vidro (C e C').
A bobina propriamente dita, se reduz a uma enrolamento (A) assim constituído : as primeiras poucas espiras a partir de N (parte inferior da bobina), são feitas com fio grosso e as demais, até o topo e em maior número, são feitas de fio fino. M é uma espécie de 'cursor' que permite selecionar o número 'ideal' de espiras de fio grosso. O dispositivo, sem muita diferença comparativamente à bobina de Tesla, é um auto-transformador cujo "primário" é constituído pelas espiras entre M e N e cujo "secundário" é o enrolamento todo. Eis o circuito esquemático:
O tubo sobre o qual se efetua o enrolamento A pode ser de PVC, com cerca de 20 cm de diâmetro. O "primário" desse auto-transformador pode ser feito de fio de cobre esmaltado grosso, #16 a #14 (ou mais grosso), apresentando cerca de 12 espiras e o restante (chamemos de secundário), com fio fino, #24 a #28, até o topo. Os capacitores são de vidro plano (dielétrico), já comentados na bobina de Tesla. O cursor Mseleciona pontos sobre o enrolamento de fio grosso para o melhor desempenho do ressoador. Na extremidade superior do tubo pode-se dispor de um 'prato' metálico circular (com bordos arredondados) e sobre ele, para experimentos, vários outros componentes (esfera, ponta, torniquete, penacho de fios metálicos etc.). Lembramos que:
a- na técnica com faiscador de esferas, tais esferas devem ser bem polidas;
b- após os enrolamentos (grosso e fino) deve-se dar generosa camada de verniz sobre eles, principalmente no extremo superior de alta tensão.
Ligando-se o aparelho (após ajustada a distância entre as esferas do faiscador) observaremos eflúvios luminosos na esfera em D assim como a iluminação à distância de tubos com gases rarefeitos e outros, que encantam aos espectadores.
No próximo trabalho comentaremos sobre algumas experiências que podem ser feitas com geradores de alta tensão em altas freqüências.


Fonte: http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_28.asp